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Modelos de manuseio de bagagens que podem ajudar na implementação da Resolução IATA 753

A Resolução IATA 753 sobre rastreamento de bagagens entrou em vigor em junho de 2018. Os detalhes completos da Resolução 753 estão disponíveis no site da IATA, mas, resumidamente, ela decalra que "os membros da IATA devem manter um inventário preciso de bagagens, monitorando a aquisição e a entrega de bagagens".

CrisBag tote-based carrier system

O que a Resolução IATA 753 significa para as companhias aéreas?

Essa parte da conformidade com a IATA, que permitirá a interoperabilidade entre companhias aéreas, está sendo gerenciada pelo Conselho de Normas de Intercâmbio de Dados de Passageiros e Aeroportos (PADIS). O PADIS é regido pela Resolução 783 da Passenger Services Conference, com o objetivo de desenvolver e manter padrões de mensagens em formato XML e de Intercâmbio Eletrônico de Dados (EDI) para atividades relacionadas à viagem de passageiros e aos serviços aeroportuários voltados aos passageiros.

Além de exigir que as companhias aéreas comprovem a entrega e o recebimento das bagagens, a norma também especifica três pontos de verificação principais onde isso deve ocorrer: carregamento na aeronave, entrada na área de chegadas e entrada na área de conexões. Entrando em vigor a partir de junho de 2018, a resolução é obrigatória para todas as companhias aéreas membros da IATA.

Os membros da IATA se comprometeram a:

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Qual é o objetivo da Resolução 753 da IATA?

O objetivo é reduzir o número de bagagens perdidas ou atrasadas, acompanhando cada etapa da jornada por meio de recursos inteligentes de rastreamento. Isso levará a uma melhor experiência para o passageiro e, ao mesmo tempo, reduzirá os custos envolvidos na localização, recuperação e entrega de bagagens perdidas ou atrasadas. Também ajudará a reduzir fraudes relacionadas à bagagem.

Quando um passageiro faz o check-in para um voo, uma mensagem de origem de bagagem (BSM) é gerada, contendo a data, o número do voo, o destino, o número de registro e um código de barras exclusivo — normalmente chamado de placa de licença IATA. O código de barras na etiqueta é verificado em um banco de dados de voos de partida e direcionado para entrega no terminal e portão corretos.

Após a inspeção de segurança, a bagagem segue pelo sistema do aeroporto em uma série de esteiras transportadoras ou esteiras de bandejas (totes) até chegar à baia de carregamento correta. Antes de ser carregada na aeronave, o código de barras exclusivo é escaneado ou registrado de outra forma para garantir que a bagagem tenha chegado ao voo correto antes de seguir seu caminho.

Pesquisas mostram que companhias aéreas que possuem um bom sistema para rastrear a bagagem dos passageiros ao longo de todo o processo apresentam significativamente menos incidentes de manuseio incorreto em comparação com outras companhias.

Empresas de courier rastreiam a localização de encomendas durante toda a jornada de entrega há anos e agora, com a padronização dos sistemas dentro da infraestrutura tecnológica existente das companhias aéreas, elas também poderão fazer o mesmo com a bagagem dos passageiros.

O que a Resolução 753 da IATA significa para os aeroportos?

Até 2018, as companhias aéreas membros da IATA precisarão garantir que os aeroportos com os quais operam possuam os sistemas de TI e as infraestruturas necessárias para apoiá-las no cumprimento da Resolução 753. Isso significa que todos os aeroportos — existentes ou novos — precisarão avaliar suas infraestruturas de manuseio de bagagens e preencher eventuais lacunas, quando necessário.

Embora a bagagem seja manuseada por diversas partes ao longo do processo — como companhias aéreas, aeroportos e empresas de manuseio de bagagens — todas elas têm algo em comum: o Indicador-Chave de Desempenho (KPI) ao qual se comprometeram para oferecer o melhor serviço possível aos passageiros.

A Resolução 753 da IATA ajudará a aprimorar o registro de bagagens e a coleta de informações precisas, o que não apenas reduz erros de manuseio, mas também acelera a reconciliação e a preparação dos voos para partida. O resultado final é a geração de informações que ajudam a medir o desempenho com base nos parâmetros de nível de serviço.

De acordo com a Resolução 753 da IATA, as companhias aéreas são as responsáveis finais por entregar a bagagem correta ao passageiro correto. Por isso, elas precisarão solicitar aos aeroportos e operadores de solo que disponibilizem diversos recursos tecnológicos e de sistema para atender aos requisitos da Resolução. Embora, em teoria, os aeroportos possam transformar a conformidade em um parâmetro competitivo, também existe uma justificativa comercial subjacente voltada para a economia de custos.

Uma vez que a Resolução 753 entre em vigor, ela contribuirá para a redução no número de relatos de bagagens perdidas — especialmente no percentual relativamente alto de casos em que a bagagem ainda está em processo de transferência para a área de restituição de chegadas, enquanto o passageiro já a reporta como extraviada. As bagagens serão registradas na área de restituição de chegadas, demonstrando que a bagagem realmente chegou ao saguão de desembarque após ter sido retirada da aeronave. A digitalização e o consequente registro documentado da bagagem que chega desempenharão um papel importante na redução dos custos do aeroporto com a elaboração de relatórios de bagagem, além de diminuir os gastos com o processo de localização de malas perdidas após o registro do relatório. Além disso, o aeroporto terá maior transparência de custos e saberá, com mais precisão, quem deve ser responsabilizado pelos custos de rastreamento e recuperação da bagagem perdida, caso ela realmente desapareça.

Como a Resolução 753 da IATA pode ser implementada e quais são os requisitos mínimos?

Como mínimo, a resolução exige algum nível de escaneamento manual, mas soluções automatizadas também devem ser consideradas. O principal objetivo é simplesmente garantir que a bagagem tenha chegado ao seu destino e sido reconciliada com seu legítimo proprietário no momento correto.

As bagagens precisarão ser rastreadas por meio de leitores automatizados ou por funcionários utilizando dispositivos móveis portáteis. Outras tecnologias, como dispositivos habilitados com Sistema Global para Comunicações Móveis (GSM)/Sistema de Posicionamento Global (GPS), Identificação por Radiofrequência (RFID) e beacons, também podem ser utilizadas.

Há várias opções que já são amplamente utilizadas nas áreas de carregamento de aeronaves e de transferência, mas que raramente são vistas na área de chegada:

  1. Escaneamento manual – pode ser feito sem um sistema automatizado de manuseio de bagagens, mas requer muitos recursos de pessoal e terminais portáteis. Cada item de bagagem deve ser manuseado manualmente e o processo pode ser lento.
  2. Leitura a laser da etiqueta da bagagem – essa é uma tecnologia de leitura automática de etiquetas (ATR) amplamente utilizada na maioria dos sistemas automatizados de manuseio de bagagem, embora não possa garantir 100% de legibilidade. Como as etiquetas com código de barras são facilmente danificadas durante o manuseio, sua legibilidade é quase sempre reduzida no momento em que a mala chega ao destino. Cada vez que uma mala é manuseada, a etiqueta fica mais danificada e amassada. Os scanners automatizados de código de barras a laser talvez não consigam ler o número da etiqueta da bagagem, e ela terá de ser desviada para uma verificação manual, o que leva mais tempo na conexão.
  3. A tecnologia de Leitura Automática de Etiquetas pode ser complementada ou substituída por câmeras. Esse tipo de tecnologia de Reconhecimento Óptico de Caracteres (OCR) e Sistema de Codificação por Vídeo (VCS) é amplamente utilizado na indústria de encomendas, e os softwares OCR e VCS podem ajudar a identificar números de voo e códigos de aeroportos. A integração de um VCS ao Sistema de Manuseio de Bagagens (BHS) na área de despacho permite que as informações da origem da bagagem sejam codificadas enquanto ela permanece em movimento dentro do BHS principal. Isso economiza tempo valioso ao garantir que o fluxo de bagagens não seja interrompido, além de liberar a equipe operacional da necessidade de permanecer em uma estação fixa de codificação manual. Um Leitor Óptico de Caracteres (OCR) opcional também pode ser integrado ao nível do servidor como tecnologia complementar para minimizar o número de etiquetas não lidas. Para a Resolução 753, câmeras podem ser instaladas em todas as esteiras de chegada e transferência no aeroporto para que códigos de barras não legíveis sejam processados remotamente a partir de uma sala central de codificação VCS. Um único sistema de escaneamento com codificação por vídeo pode resolver a leitura das etiquetas de bagagem para toda a instalação, potencialmente incluindo várias companhias aéreas.
  4. RFID – inclui chips de RFID que contêm informações armazenadas eletronicamente incorporadas em uma etiqueta e oferecem uma legibilidade muito alta, quase 100%, com pouquíssimas “não leituras”. O conceito de RFID é semelhante ao de código de barras, mas, em vez de uma etiqueta impressa com informações estáticas que requerem leitura com linha de visão, ela contém um circuito integrado dinâmico e específico do aplicativo (ASIC) que pode ser lido e/ou gravado em cada etapa da cadeia. Ele não exige a leitura da linha de visão e, portanto, é mais rápido. Além disso, se as companhias aéreas seguirem a Prática Recomendada 1740c da IATA, isso garantirá a compatibilidade da tecnologia com os sistemas de dados das companhias aéreas para que as etiquetas RFID sejam usadas no ambiente de manuseio de bagagens entre linhas.

As etiquetas RFID são superiores nesse aspecto, mas a principal barreira para sua utilização sempre foi o custo — há um custo mais elevado por etiqueta. No entanto, embora as companhias aéreas tenham que arcar com esse custo, os aeroportos também seriam os principais beneficiários.

As etiquetas RFID já demonstraram sucesso na bagagem de transferência, pois a “taxa de leitura” é mais alta. Elas continuam legíveis mesmo quando amassadas ou molhadas, e o custo de uma etiqueta pode ser justificado pela redução de bagagens que precisariam ser encaminhadas para codificação manual, caso não possam ser lidas automaticamente.

A Resolução 753 pode incentivar o uso de etiquetas híbridas de papel para bagagem, que combinam uma antena RFID com um código de barras; uma alternativa seria o uso de etiquetas RFID permanentes, que são incorporadas de forma definitiva à mala ou fixadas como uma etiqueta que o passageiro sempre prende à sua bagagem ao viajar. À medida que aeroportos e companhias aéreas modernizam seus processos de manuseio de bagagem, essa tendência tem grandes chances de se tornar o próximo grande avanço na gestão de bagagens. Grandes aeroportos internacionais, como Hong Kong e McCarran (Las Vegas), já realizaram esse tipo de modernização e atualmente utilizam essa tecnologia.

Baggage Unloader

Onde instalar o equipamento: desafios e possibilidades

Até 2018, todos os aeroportos precisarão determinar se possuem a infraestrutura adequada para suportar os requisitos da Resolução 753 da IATA. Ao considerar como demonstrar a entrega e chegada de bagagens nos três locais especificados — carregamento de aeronaves, injeção de chegadas e injeção de aceitações — há uma série de cenários a considerar:

  1. Descarga/injeção de chegadas – O principal desafio aqui será encontrar uma solução que atenda às necessidades de todas as companhias aéreas, especialmente se metade das companhias aéreas atendidas pelo aeroporto escolher a RFID e a outra metade optar pelo escaneamento manual. Dois sistemas paralelos precisarão ser configurados para gerenciar os dois conjuntos de bagagens.
  2. Transferências – A maioria dos aeroportos já conta com soluções de Leitura Automática de Etiquetas (ATR), Estações de Codificação Manual (MES) — para codificação manual quando o leitor automático de etiquetas de bagagem não consegue ler o código de barras — e tecnologia de Sistema de Reconciliação de Bagagem (BRS).

Para uma aceitação eficiente de bagagens, o futuro reside na partilha de dados para facilitar a antecipação de possíveis riscos e depois direcioná-los para redução ou eliminação. Um software de monitorização de aceitação de bagagens permitirá que os operadores e manuseadores de bagagem detetem problemas potenciais, como bagagens atrasadas, permitindo que ações positivas sejam tomadas para garantir que a bagagem chegue ao voo, ou esteja disponível para ser carregada no próximo voo disponível. O sistema exibe informações detalhadas sobre voos selecionados e conexões de aceitação e mostra os voos com os tempos de conexão mais críticos no topo de uma lista de prioridades.

  1. Carregamento de aeronaves — Isto já é suportado pela tecnologia de Leitor Automático de Etiquetas (ATR) e por um Sistema de Reconciliação de Bagagens (BRS). Algumas companhias aéreas fazem a leitura tão tarde no processo de manuseio de bagagem como diretamente no porão (bagagem a granel), que é a última mudança de custódia para bagagem de partida.

Desafios físicos em edifícios de aeroportos

Outro aspecto da Resolução 753 é o desafio físico que está na infraestrutura dos aeroportos, onde as esteiras ou os carrosséis de retirada podem não ter sido projetados para a instalação de conjuntos de scanners. Muitos aeroportos mais antigos não foram projetados com esses requisitos em mente e, portanto, será necessária uma infraestrutura adicional para acomodar o novo equipamento.

Conclusão

A implementação da Resolução 753 da IATA promete trazer benefícios para todos os envolvidos — companhias aéreas, aeroportos e passageiros —, pois informações precisas sobre a localização da bagagem não apenas reduzem reclamações por extravio, como também ajudam a acelerar a reconciliação e a preparação dos voos para partida, além de contribuir para a medição de desempenho com base em parâmetros de nível de serviço.

Embora a Resolução 753 da IATA seja, em primeira instância, responsabilidade das companhias aéreas, não haverá uma solução rápida para os aeroportos que desejam atualizar seus sistemas. A cooperação entre companhias aéreas, operadores de solo e aeroportos é essencial para garantir que todas as partes envolvidas compartilhem a responsabilidade de fazer com que os novos regulamentos funcionem e se beneficiem igualmente de sua implementação.

As companhias aéreas terão que considerar o uso de tecnologias mais avançadas, como câmeras, para ajudar os aeroportos a lerem as informações, e os aeroportos poderão precisar investir em sistemas de escaneamento mais sofisticados, além de outras atualizações necessárias em TI e controles.

Essa cooperação também tem grandes chances de gerar frutos em outras áreas. O aprimoramento no rastreamento e na localização de bagagens deve resultar em processos mais transparentes, nos quais áreas problemáticas e pontos de estrangulamento possam ser identificados. Isso facilitará a identificação de áreas de processo que precisam ser aprimoradas.

Benefícios da Resolução 753 da IATA

Manuseio incorreto de bagagens: tendências de longo prazo

O investimento global em novas tecnologias levou à redução da taxa de extravio de bagagens pelas companhias aéreas em 61,3% desde 2007. Como resultado, as companhias aéreas conseguiram economizar um total de US$ 18 bilhões (de acordo com o Relatório de Bagagens da SITA de 2015).

Após atingir o pico de 18,88 bagagens extraviadas por mil passageiros em 2007, o número caiu para 7,3 bagagens por mil passageiros em 2014. Em 2014, mais de 80% das bagagens extraviadas foram apenas atrasadas, principalmente devido a transferências entre voos de conexão. A bagagem de transferência extraviada representou 49% dos 11,81 milhões de volumes atrasados. (Fonte: Relatório de Bagagens da SITA 2015)

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