Uma análise sobre como qualquer centro de distribuição pode atingir níveis escalonáveis de automação que sejam acessíveis, flexíveis e proporcionem benefícios de longo prazo.
Por BEUMER Group
Como resultado da explosão do e-commerce, as operações dos centros de distribuição se tornaram mais complexas e urgentes. Toda operação precisa ser executada visando a sustentabilidade, a resiliência e a preparação para o futuro.
Por isso, centros modernos exigem níveis significantemente mais altos de automação. Colocando de forma simplificada, o termo “automação” abrange desde sistemas simples de transporte até inteligência artificial (IA) de ponta.
Para garantir o sucesso, são necessárias redes de suprimento, de fulfilment e de devolução que sejam flexíveis, ágeis e sensíveis às mudanças nas condições comerciais, estilos de vida e necessidades dos consumidores. Além disso, essas cadeias de suprimento precisam acompanhar a evolução para promover a produtividade, a sustentabilidade e a rentabilidade futuras da empresa, ao mesmo tempo que atendem às necessidades imediatas.
Alguns negócios já estão no caminho certo para a automação, enquanto outros estão reavaliando rapidamente suas demandas e acelerando seus investimentos.
Para alguns, a proposta de automação é assustadora, já que ela parece inflexível, arriscada, disruptiva e inacessível – em outras palavras, está completamente fora de sua zona de conforto.
Na realidade, qualquer centro de distribuição pode alcançar níveis escaláveis de automação que sejam acessíveis, flexíveis e que proporcionem benefícios de longo prazo. Porém, automação não significa adicionar qualquer tecnologia: é sobre investir nas soluções certas agora e garantir flexibilidade para o futuro.
Investir em tecnologia sem antes avaliar as necessidades comerciais atuais e futuras de um negócio pode resultar em decisões questionáveis e acabar com soluções que não atendem aos objetivos. Por exemplo, investimentos costumam funcionar bem no curto prazo, mas não conseguem atender às necessidades futuras.
Porém, as empresas que adotam uma estratégia bem planejada têm sucesso perante a complexidade da automação. Antes de pensar em tecnologias específicas, os operadores devem mapear seus processos e analisar de perto o que precisam. Assim que os sistemas são mapeados, os diretores podem determinar quais partes de seus processos devem ser automatizados com base nas suas necessidades específicas.
O fato é que, mesmo as empresas com amplo conhecimento em cadeias de suprimentos e logística, provavelmente não terão competências suficientes de design e de construção para implementar as estratégias e táticas para se prepararem efetivamente para o futuro. No entanto, os diretores dos centros podem fazer a análise necessária e implementar estratégias para melhorar as operações e os lucros trabalhando com um parceiro que seja especializado em design de sistemas e procedimentos automatizados.
Trabalhar com um parceiro irá ajudar identificar as oportunidades e limitações de um investimento proposto.
Um parceiro experiente ajudará na definição de quais processos são suportados pela tecnologia existente, onde estão as falhas e quais medidas são necessárias para atingir metas futuras e integrá-las às respectivas tecnologias.
O crescimento do e-commerce criou uma mudança radical nas operações dos centros de distribuição. Antes era possível preparar, embalar e enviar pedidos individuais online de forma relativamente simples, pois eles representavam somente uma pequena porcentagem das vendas. Essa estratégia não funciona mais, pois o e-commerce já representa mais de 30% das vendas em diversos setores do varejo. Além disso, a geopolítica e o aumento do “cliente consciente” também preocupam o centro de distribuição moderno. Atualmente, ética, meio ambiente e outras preocupações pesam tanto quanto custo e acessibilidade. Operações ao longo de toda a cadeia de suprimentos deverão aderir aos altos padrões ambientais e éticos.
Existem diversas opções disponíveis, desde transportadores simples até Robôs Móveis Autônomos (AMRs), carrinhos, carrosséis e outros sistemas de armazenamento/recuperação automatizados, robôs de preparação de ordens, soluções automatizadas de embalagem e sistemas de esvaziamento de containers. Sistemas auxiliares, como RFID, escaneamento, preparação de ordem por voz, WMS e outros equipamentos de TI são utilizados para dar apoio às atividades humanas ou automatizadas.
A melhor estratégia é a que combina operações manuais, mecânicas e automatizadas. A maioria dos sistemas tem vários recursos, alguns dos quais são mais importantes para sua empresa e seus produtos do que outros. Uma parte do processo de seleção é tentar encontrar essa combinação. Novamente, um parceiro com know-how pode contribuir prestando suporte contínuo para otimizar seu sistema e criar melhorias constantes, incluindo a integração de futuros produtos e modificações.
Alguns processos de automação são investimentos de longo prazo, enquanto outros trazem ganhos rápidos (embora as metas de longo prazo ainda precisem ser consideradas), e todos os ajustes devem ser graduais e supervisionados com o objetivo de assegurar um centro de distribuição totalmente funcional.
Um aspecto que operadores frequentemente não consideram em seus casos de negócios é um budget para modificações. Tanto a solução que for adotada quanto a operação atual afetarão a velocidade do retorno do investimento feito. Um centro de distribuição que investe em automação precisa reconhecer que a mudança é inevitável e é preciso ter um budget para futuras modificações, mudanças e modernizações, mesmo para o sistema mais bem projetado.
Além disso, ao comparar modelos, os operadores precisam considerar os custos operacionais. Embora os especialistas internos sejam capazes de lidar com problemas como falhas em classificadores automatizados, adicionar mais tecnologia, como grandes sistemas de transporte com uma rede de transporte associada, pode exigir suporte de manutenção no local por parte do fornecedor.
Automação aumenta a produtividade, reduz os custos, melhora a precisão do estoque, a precisão da preparação da ordem, o uso do espaço e de ativos, o serviço ao cliente e a visibilidade de dados. Mas, se a automação não for integrada adequadamente, um centro de fulfilment de moda pode ter que esperar mais para que seus investimentos dêem retorno. Alterar e ajustar sistemas complexos é desafiador, e envolver os usuários finais no projeto desde o início é essencial para uma aplicação bem-sucedida da maioria dos tipos de automação.
Os projetos podem ser prejudicados por conta de especificações pouco claras, competências erradas e testes inadequados. As mudanças e a instabilidade nos mercados também torna difícil para operadores saber onde investir. Também deve haver um plano para o desenvolvimento pós-implementação da própria automação e dos métodos com os quais a empresa interage com a automação. Felizmente, é possível tomar providências para evitar o desperdício de investimentos. Ao trabalhar com um integrador de sistemas, os centros podem fazer melhorias em um ambiente controlado e, se realizarem uma análise completa dos cenários futuros, poderão escolher melhor em quais soluções investir.