COMO INVESTIR EM SEU CENTRO DE FULFILMENT DE MODA

Então você é um operador de centro de fulfilment de moda que automatizou suas operações nos últimos 5 a 10 e já percebeu os benefícios. Mas e agora? Como continuar seguir fazendo melhorias e onde investir para continuar tendo conquistas?

Por BEUMER Group 

O BEUMER Group teve a chance de conversar com o consultor de logística Jacob Leth Nielsen, da empresa Logio Consulting A/S, para entender onde os centros de distribuição de moda devem investir para otimizar ainda mais suas operações.

AS DIFICULDADES DE MODERNIZAR AS OPERAÇÕES DE FULFILMENT NA INDÚSTRIA DA MODA

Faz sentido começar analisando as dificuldades relacionadas a modernizações de instalações já automatizadas. Pois, como Jacob Nielsen explica, enquanto a implementação de ambientes automatizados em operações manuais convencionais pôde ser realizada sem grandes dificuldades, isso não vale para reformas ou modernizações de armazéns automatizados que já estão em operação.

Não é mais uma questão do esforço físico de adicionar componentes, mas de alterar, ajustar e modificar um sistema de TI, e isso é bem mais complexo.

Jacob Nielsen explica da seguinte forma:

“Veja o caso de um operador de um centro de fulfilment que deseja modernizar seu sistema automatizado adicionando equipamentos e introduzindo novas funcionalidades. Nesse caso, o desafio não é físico, mas um problema de software, onde os fluxos utilizados na produção diária não funcionam como deveriam ou uma situação inesperada está ocorrendo, interrompendo o fluxo. Portanto, como com qualquer componente tecnológico, esses sistemas complexos necessitam de mais competências para permitir que o operador do armazém consiga realizar as mudanças desejadas”

COMO FAZER INVESTIMENTOS E A IMPORTÂNCIA DE PARCERIAS

Então como fica o centro de fulfilment de moda que está buscando melhorar suas operações?

Jacob Nielsen acredita que isso significa que é necessário implementar um nível maior de profissionalismo. Não é fácil realizar mudanças ao mesmo tempo em que se mantém um armazém totalmente operacional, diz ele. E não é algo sensato de se fazer sem o conhecimento adequado.

De acordo com Jacob Nielsen, centros de distribuição de moda devem montar uma equipe interna e, caso necessário, buscar o suporte de um consultor independente com experiência. Com a equipe formada, será necessário identificar os integradores de sistemas relevantes com potencial para se tornarem parceiros de longo prazo que possam auxiliar no desenvolvimento do conceito.

Saiba mais sobre como preparar o seu armazém para o futuro, através de uma parceria com experiência de longa data. 

Jacob Nielsen continua:

“Quando um centro de fulfilment busca a parceria de um integrador de sistemas, ele precisa ter seus objetivos em termos de oportunidades de negócios bem definidos. Também é importante ressaltar que o operador do centro de fulfilment precisa considerar o relacionamento com qualquer empresa que já tenha fornecido automação ou WMS para a instalação como uma parceria de trabalho. Isso porque qualquer modificação para melhorar seu sistema terá de ser gradual e conduzida de forma controlada. Uma boa parceria de trabalho permite que sejam feitos ajustes ao longo do tempo, ao mesmo tempo que restringe riscos que podem impactar a operação contínua”. 

Um integrador de sistemas pode ajudar centros de distribuição integrar processos e fluxos de TI.

Ao analisar o mercado, um centro de distribuição de moda deve buscar por um integrador de sistemas que tenha capacidade comprovada na execução de projetos para empresas similares, usando a tecnologia ou os conceitos que o armazém deseja.

COMO ESCOLHER AS SOLUÇÕES CERTAS PARA SEU CENTRO DE FULFILMENT DE MODA

Então, como um centro de fulfilment de moda consegue determinar as soluções certas para investir?

Jacob Nielsen acredita que é preciso trabalhar com a mente aberta com conceitos alternativos e compará-los, de igual para igual. Isso significa considerar diversos cenários operacionais futuros e avaliar cada conceito utilizando análises de sensibilidade e ferramentas de simulação para identificar oportunidades e limitações.

Por exemplo, um operador centro de fulfilment de moda poderia estar se perguntando o que aconteceria se seu sortimento de e-commerce crescesse 15% ao ano, enquanto o volume do estoque diminuísse. Como seu sistema atual se comportaria e quais ajustes seriam necessários para atender esse crescimento? Até que ponto os diferentes conceitos futuros são resistentes a essas mudanças?

Jacob Nielsen sugere que as soluções que normalmente funcionam são aquelas com um nível mais alto de flexibilidade operacional. Ele diz:

“Mesmo que essas soluções não tenham o menor nível absoluto de OPEX que o operador do centro de fulfilment deseja, elas permanecem relevantes ao longo do tempo. Muitas vezes essas não são soluções personalizadas, totalmente adaptadas às operações do centro de fulfilment. Portanto, eles exigirão que os operadores habituados a trabalhar com critérios de design específicos aceitem os ambientes altamente dinâmicos em que estão operando agora”. 

CUIDADO COM OS CUSTOS INDIRETOS

Vamos falar dos custos indiretos. Um aspecto que operadores de centros de fulfilment muitas vezes ignoram é um orçamento para mudanças.

Como Jacob Nielsen explica, um centro de distribuição de moda que investe em automação precisa entender que a mudança é constante e, portanto, é preciso ter um orçamento para futuros pedidos de modificações, mudanças e modernizações no sistema, mesmo para o sistema mais bem projetado.

Além disso, quando um operador de um centro de fulfilment de moda compara diferentes conceitos, ele também precisa ser realista quanto aos custos envolvidos para mantê-los em operação.

Por exemplo, Jacob Nielsen diz que, enquanto os técnicos da empresa conseguem eliminar falhas na classificação automatizada, acrescentar mais tecnologia, por exemplo, na forma de um grande sistema de transporte com uma rede de transportadores relacionada, pode exigir suporte de manutenção residencial do fornecedor. Essa é uma situação comum, ela só precisa ser incorporada ao caso de negócios de um centro de distribuição com níveis de custo realistas.

O RISCO DE DESPERDÍCIO DE INVESTIMENTOS E COMO EVITÁ-LO 

Um centro de fulfilment de moda pode correr o risco de atrasar os benefícios dos investimentos feitos por causa de uma implementação inadequada.

No entanto para Jacob Nielsen, o desperdício de investimentos ocorre geralmente por causa de um design deficiente do sistema. Os projetos apresentam problemas devido a especificações pouco claras, competências erradas e falta de seriedade nos testes. Ou, segundo ele, por terem sido projetados seguindo um conjunto muito específico de condições predefinidas por uma equipe sem conhecimento pleno da sensibilidade desse sistema automatizado específico.

Felizmente, um centro de fulfilment de moda é capaz de tomar medidas para prevenir o desperdício de investimentos. Jacob Nielsen sugere que o centro aceite o fato de não saber tudo que o futuro trará e que exponha seus conceitos a uma variedade de cenários, conforme mencionado acima.

Trabalhar com diferentes cenários com diversas consequências ajudará o centro de fulfilment entender melhor o que acontece quando há uma mudança nas condições e evitará o desperdício de investimentos com equipamentos.

OUTROS INVESTIMENTOS QUE VALEM A PENA 

Por fim, para Jacob Nielsen, existem outras áreas que valem a pena o investimento de centros de distribuição. Essas podem ser resumidas da seguinte forma: 

  • Recursos: Investir em um bom ambiente de trabalho que promova a produtividade e permita manter a equipe certa de colaboradores. 
  • Segurança: Criar um ambiente de trabalho seguro e investir em ergonomia, controle de ruídos e iluminação e o bem-estar geral da equipe de trabalho. 
  • Competências: Entender o conjunto de competências necessárias para operar de forma eficiente e recrutar e treinar de forma correspondente. 
  • Cultura: Investir no recrutamento e no fomento de um centro de fulfilment que incorpore a tecnologia. 

CONCLUSÃO 

O ritmo das mudanças e a volatilidade em muitos negócios de fulfilment de moda dificultam saber onde investir para alcançar maior otimização. Além disso, não é simples realizar mudanças e ajustes em sistemas extremamente complexos e que já se encontram em operação. Porém, ao trabalhar em parceria com um integrador de sistemas, os centros de fulfilment obterão o know-how necessário para fazer ajustes ao longo do tempo em um ambiente controlado e livre de riscos. E, caso dediquem tempo para realizar as análises de sensibilidade para vários cenários futuros, os centros terão mais condições para determinar as soluções certas para fazer investimentos. 

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